HIV em idosos
Dados recentes
Boletim Epidemiológico de 2017 apontam que, em 2016, quando foram registrados 1.294 casos, houve o crescimento de 15% no índice de pessoas acima de 60 anos com o vírus. Em 2015, por sua vez, aumentou 51,16%, com 1.125 pessoas infectadas, em relação aos números de 2014, quando 856 foram diagnosticados. O pior ano foi 2016, com 2.217 casos.
Uso da camisinha
O preservativo deveria ser uma pauta constante também para esse grupo de pessoas. A dificuldade de se debater a vida sexual de quem está acima dos 60 anos deve ser superada, defende. Atualmente, as campanhas ainda se concentram em outros perfis apontados como mais vulneráveis, como homossexuais, profissionais do sexo, pessoas transgêneras, usuários de droga injetável e presidiários.
A medida se torna ainda mais urgente quando se observa que o o vírus é especialmente agressivo em um corpo envelhecido. De acordo com a infectologista, o HIV acelera o envelhecimento e causa lesão direta em alguns órgãos, como rins e fígado. Campos esclarece que a doença não se torna mais grave, mas o cuidado do médico deve ser mais elaborado e complexo, porque o idoso é mais suscetível a doenças crônicas que aparecem com o uso do coquetel antirretroviral.
Combate ao HIV
Prevenção
Desinformação
O número de idosos com HIV (vírus da imunodeficiência humana e causador da Aids) cresceu 103% nos últimos dez anos, segundo o Ministério da Saúde. Em mulheres com mais de 60 anos, houve aumento de 21,2% dos casos entre 2007 e 2017, de acordo com dados do Boletim HIV/Aids de 2018. Essa é a única faixa etária em que a incidência de mulheres com o vírus aumentou. Já na população masculina, o mesmo Boletim mostra crescimento de mais de 30% de idosos com o HIV.
Para o geriatra e professor do Departamento de Clínica Médica da UFMG, Marco Túlio Gualberto Cintra, a falta de campanhas para prevenção com foco na terceira idade é um dos motivos para o aumento da incidência do HIV nessa população. Além disso, o próprio hábito de vida dos idosos, que negligenciam o uso de métodos de proteção como os preservativos, torna essas pessoas mais vulneráveis ao vírus.
Então como podemos ver a incidência é bem maior, por isso que que estamos divulgando informações como essas para que todos tomem conhecimento em como o HIV atinge os idosos.
Doenças crônicas
Ao mesmo tempo em que as doenças crônicas podem ser desencadeadas com o vírus, a presença delas também pode afetar a eficácia do tratamento contra o HIV. Para o controle de enfermidades como diabetes, hipertensão e colesterol alto, é preciso tomar fármacos que podem dificultar o tratamento.
Por isso, o professor enfatiza a importância do farmacêutico clínico nos cuidados do idoso com HIV. Esse profissional pode indicar medicamentos que não provoquem interações medicamentosas. “Ter um farmacêutico clínico na equipe que cuida desse paciente idoso com HIV é muito importante para evitar que uma doença atrapalhe a outra“, comenta Marco Túlio.
Fonte: Medicina UFMG
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