Nós fazemos uso de remédios desde a Idade da Pedra, há milhões de anos. Naquela época o homem já percebia que determinadas plantas e substâncias tinham poder para curar dores e feridas.
Milhares de anos passaram e a ciência avançou até ser possível identificar qual é a molécula dentro de uma planta responsável pelo efeito terapêutico. Essa molécula é o que chamamos de princípio ativo ou fármaco.
E não só foi possível identificar, como também sintetizar essa molécula em laboratório. Os princípios ativos ficaram muito conhecidos com a chegada dos genéricos, porque eles levam o próprio nome da molécula, como o Omeprazol (Pratiprazol®) e Nistatina+Óxido de Zinco (Pratiderm®).
Mas… quando lemos uma bula, vemos que os medicamentos têm vários componentes na fórmula. Se o princípio ativo é o responsável pelo efeito, por que a gente não toma somente ele?
Já reparou que alguns medicamentos vêm com uma indicação de peso na caixa, geralmente em mg (miligrama)? Aquilo é quanto de princípio ativo existe no medicamento. O Propanol 40mg, por exemplo, leva esse nome porque tem 40mg de princípio ativo. Imagina o transtorno que seria se você tivesse que manipular 40mg de um pozinho para se medicar!
Os outros componentes — que às vezes têm aquele nome impronunciável — exercem várias outras funções, como aumentar a durabilidade do medicamento e torná-lo ainda mais eficaz.
Fonte: Drauzio Varella