Conheça os sintosmas do AVC

Hipertensão é o maior fator de risco para sofrer um AVC, seguido de fatores ligados ao estilo de vida; saiba os sintomas

Foram-se os tempos em que a ideia de que acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente por derrame, só acontecia em pessoas idosas. Cada vez mais, jovens e adultos sofrem com esse problema que, em alguns casos, poderia ser evitado na adoção de um bom estilo de vida. 

Hipertensão descontrolada, por exemplo, fragiliza as artérias do cérebro e podem levar a um AVC . Sedentarismo, ingestão de comidas gordurosas que levam à obesidade e o cigarro são vilões de quem quer se manter saudável por anos a fio.

Conheça os sintomas do AVC e procure se proteger adotando um bom estilo de vida:

A doença é comum. Segundo o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo Sandro Matas, a cada 5 segundos alguém tem um AVC. “Essa é a segunda causa de morte e a primeira de incapacidade no mundo”, informa ele.

Estima-se que 16 milhões de pessoas no mundo todo são atingidas a cada ano. Dessas, seis milhões morrem. Com base nesse dado, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a adoção de medidas urgentes para a prevenção e tratamento da doença. Para isso, é importante entender melhor como o corpo reage ao ocorrer o derrame e quais são as consequências que essa reação traz ao sistema nervoso.

 

O que é?

O AVC nada mais é do que um deficit neurológico que atinge o sistema nervoso e a circulação cerebral, provocando redução do oxigênio nas células dessa área, capaz de causar até a morte delas.

“De fato, a melhor denominação é ‘acidente vascular encefálico’, termo que abrange outras estruturas do sistema nervoso central que se encontram dentro da caixa craniana”, esclarece o neurologista pesquisador em Neurofisiologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Daniel de Souza e Silva

Divido em dois tipos, o derrame é classificado em isquêmico e hemorrágico. Entenda o que cada um significa: 

Acidente Vascular Isquêmico – ocorre quando há a obstrução brusca de uma ou mais artérias por embolia, ateromas ou trombose, fazendo que uma determinada área do cérebro fique sem circulação sanguínea em seu território vascular. Divido em dois tipos, o derrame é classificado em isquêmico e hemorrágico . Entenda o que cada um significa:

Esse tipo é mais comum em idosos, principalmente que tenham diabetes, colesterol alto, hipertensão arterial, problemas vasculares e que fumam. É o mais popular, e atinge 80% das vítimas de acidentes vasculares.

Nesses casos, os sintomas costumam ser de perda repentina da força muscular e da visão, sentir dormência no rosto e membros, dificuldade para falar, tonturas, formigamento em um dos lados do corpo e alteração de memória.

  • Acidente Vascular Hemorrágico – é quando há um sangramento local por causa do rompimento de uma artéria ou vaso sanguíneo por conta da hipertensão arterial, traumatismos ou problemas na coagulação no sangue.

Menos comum, atinge 20% das vítimas do derrame e acontece também em pessoas mais jovens e a evolução é mais grave, capaz de trazer maiores complicações.

As características que podem definir esse ataque são dor de cabeça repentina, aumento da pressão intracraniana, edema cerebral, náuseas e vômitos, déficits neurológicos semelhantes aos provocados pelo tipo isquêmico.

Assista o vídeo feito pelo Hospital Sírio-Libanês com a entrevista da neurologista Gisele Sampaio para entender mais:

 

Entenda porque ocorre o AVC 

Seja nos casos isquêmico ou hemorrágico, quando o sangue não consegue chegar ao cérebro os neurônios acabam perdendo suas funções, provocando algumas consequências de acordo com a região cerebral atingida.

De acordo com a instituição Albert Einstein, o derrame “deve ser considerado como um ataque cerebral, pois é a causa mais frequente de morte e incapacidades na população adulta brasileira”.

 

Fatores de risco

De acordo com a literatura médica, são várias as causas que podem provocar os derrames. Segundo a Rede Brasil AVC, algumas condições facilitam a sua ocorrência, o que significa que ter o controle da saúde e manter hábitos saudáveis é capaz de evitar o acidente vascular cerebral. Confira os fatores de risco:

  • Hipertensão arterial 

Popularmente conhecida como pressão alta, trata-se da pressão arterial usada para mandar sangue do coração para o resto do corpo. A média de uma pessoa saudável é uma pressão de 120/80 mmHg, ou seja “12 por 8”. Ao medir e verificar que a pressão está apontando maior do que esse valor, os vasos sanguíneos do cérebro ficam lesionados, provocando o derrame.

  • Colesterol elevado 

Com alto nível de gordura no sangue, principalmente de colesterol, placas nas paredes arteriais são formadas, o que acaba dificultando a passagem de sangue, aumentando a chance de um acidente vascular cerebral.

  • Diabetes 

Por se tratar de uma doença causada por uma deficiência ou resistência de insulina, fundamental no metabolismo da glicose no corpo, pessoas com diabetes possuem um excesso de “açúcar no sangue”.

  • Tabagismo 

Mesmo que a pessoa fume poucos cigarros, a chance de ter um derrame é muito grande. Isso porque as substâncias químicas que estão na fumaça do cigarro acabam passando pelos pulmões e pela corrente sanguínea, afetando todas as células e alterando o sistema circulatório.

  • Ingestão de álcool e drogas 

Por estar ligado à hipertensão e colesterol alto, o consumo rotineiro de álcool é relacionado ao derrame. Uso de cocaína ou crack provocam lesões arteriais e picos hipertensivos, podendo causar o acidente vascular cerebral.

  • Sedentarismo 

Por estar vulnerável a desenvolver doenças vasculares, a pessoa sedentária também tem o peso elevado, o que pode estar atrelado a outros fatores de risco já comentados.

  • Anticoncepcional 

Fazer uso de anticoncepcionais é capaz de aumentar o risco de ter um derrame, principalmente se considerar que a mulher é fumante, tenha enxaqueca ou hipertensão arterial.

  • Obesidade 

Por ter relação com diversos outros fatores que podem implicar na ocorrência de um derrame, a obesidade consequentemente se torna uma característica de quem está mais propenso a ter esse tipo de reação.

  • Idade e Sexo 

O AVC pode acontecer em qualquer idade, até mesmo em crianças e recém-nascidos, mas à medida que a idade avança, a chance fica maior. De acordo com a Rede Brasil AVC, “pessoas do sexo masculino e raça negra exibem maior tendência ao desenvolvimento do derrame”.

O neurologista Sandro Matas afirma que nos últimos anos houve uma redução na incidência do AVC na população brasileira. “Tal fato ocorreu por intensa mobilização nacional contra o hábito tabágico. Porém, em locais de condições socioeconômicas ruins houve tendência de estabilização e até aumento da incidência, pois há dificuldade da população em ter adequado controle de suas doenças crônicas, como hipertensão arterial diabete mellitus, dislipidemias, além de obesidade e sedentarismo”.

Matas ressalta que em centros urbanos mais avançados, com melhores condições de assistência à saúde, vem ocorrendo redução na sua incidência, principalmente nas regiões sul e sudeste do país.

Saiba mais em: Saúde – iG @ http://saude.ig.com.br/minhasaude/2015-01-14/10-sinais-de-que-voce-pode-estar-sofrendo-um-avc.html

 

 

Fonte: Saúde IG

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