Um novo exame que começou a chegar nos laboratórios brasileiros nos últimos meses é capaz de avaliar com mais precisão o risco de um paciente ter câncer de próstata e pode reduzir em até 30% o número de biópsias desnecessárias.
O exame tradicional para diagnosticar esse tipo de tumor detecta a quantidade de PSA no sangue, uma proteína produzida pela glândula próstata. Quando o câncer está presente, a próstata produz uma quantidade aumentada da enzima.
Porém, um exame positivo não significa que o paciente necessariamente tem o tumor, já que outras condições ou problemas de saúde podem também aumentar a concentração da proteína do sangue. Ou porque essas situações fazem a próstata produzir mais PSA ou porque estimulam a glândula a liberar maiores quantidades da proteína no sangue.
Duas condições de saúde que aumentam a concentração de PSA no sangue são a prostatite, uma inflamação na glândula, e a hiperplasia da próstata, que é um aumento no tamanho do órgão, problema que pode ter causado a obstrução urológica que acometeu o presidente Michel Temer na última quarta-feira (25), e provocou sua internação. Curiosamente, outra situação que eleva o nível da proteína é andar de bicicleta, pois a pressão que o selim faz na área da glândula pode provocar uma prostatite crônica.
Por isso, quando o resultado é positivo, o médico deve excluir outras possíveis causas que justifiquem o aumento de PSA antes de indicar uma biópsia ao paciente, um procedimento invasivo, que requer sedação e diversas punções na uretra para retirada de amostras de tecido da próstata. E, ainda que raramente, pode resultar em complicações, como sangramentos e infecções. Boa parte das biópsias têm resultado negativo. Ou porque o paciente realmente não tem o tumor, ou porque o câncer pode estar em uma região da próstata da qual não foi retirada uma amostra.
Diferença entre exames
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Fonte: Uol Notícias