Páscoa sem culpa: por que o chocolate faz bem à saúde.

Em excesso, engorda e faz mal à saúde. Na quantia adequada, o chocolate faz bem para o coração e o cérebro e até ajuda a emagrecer.

Apesar de ser calórico e conter gordura e açúcar, os vilões de qualquer dieta, o que faz do chocolate uma ameaça à saúde não é o doce em si, mas a sua ingestão em excesso. Por isso, mesmo durante a Páscoa é preciso maneirar para aproveitar os vários efeitos benéficos do alimento.

Em quantidades pequenas, ele não faz mal, não engorda e, melhor ainda, pode até ser bom à saúde. A confirmação disso está nos resultados de muitas pesquisas científicas que concluíram que o chocolate, especialmente o amargo, pode evitar doenças cardíacas, beneficiar a cognição e até ajudar a emagrecer.

Propriedades e benefícios:

Os grandes responsáveis por fazer com que o chocolate seja saudável são os flavonoides, compostos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias encontrados no cacau. Por esse motivo, quanto mais amargo é o chocolate – ou quanto maior for o teor de cacau dele – melhor para a saúde. “Os antioxidantes protegem as células dos radicais livres produzidos em excesso. 

Essa proteção reduz o risco de problemas cardiovasculares e desacelera o envelhecimento”, afirma Celso Cukier, nutrólogo do Hospital Albert Einstein. “Nenhum estudo mostrou efeitos benéficos à saúde com o consumo de chocolate branco, apenas com os tipos mais amargos.”

Segundo o médico:

Consumir 13 gramas de chocolate amargo por dia – mais ou menos dois quadradinhos de uma barra de chocolate – já é suficiente para obter os benefícios antioxidantes dos flavonoides. “Comer muito menos do que isso não adianta, mas é preciso tomar cuidado com o excesso para não engordar, uma vez que, em média, o chocolate possui seis calorias por grama”, afirma. “A dica é comer chocolate com moderação e, em momentos como a Páscoa, se divertir e consumir um pouco mais, mas não tornar o exagero parte da sua rotina.”

Protege o coração:

Entre as pesquisas que apontam para efeitos positivos do consumo do chocolate, as mais numerosas são, de longe, aquelas que associam o alimento a benefícios ao coração. Segundo um estudo publicado no ano passado no British Medical Journal (BMJ), por exemplo, é possível diminuir o risco de eventos cardiovasculares comendo chocolate amargo (com pelo menos 60% de cacau) todos os dias. 

Outro trabalho, feito na Universidade de Cambridge e divulgado em 2011, mediu o quão benéfico o chocolate pode ser ao coração: segundo o estudo, o consumo sem excessos do alimento diminui em 37% o risco de doenças cardíacas e em 29% as chances de acidente vascular cerebral (AVC).

Parte da redução das chances de doenças cardíacas proporcionada pelo chocolate pode ser explicada pelo fato de ele, antes disso, evitar o surgimento de fatores de risco ao coração, como hipertensão ou colesterol alto. De acordo com pesquisa australiana publicada em 2010 no periódico BMC Medicine, por exemplo, o chocolate amargo ajuda a diminuir a pressão arterial de pessoas que sofrem de hipertensão.

Ajuda a emagrecer:

Em 2012, um estudo feito por pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, quebrou o mito de que chocolate engorda e ainda concluiu, surpreendentemente, que o alimento pode, na verdade, ajudar uma pessoa a emagrecer.

Isso porque, das 1.000 pessoas que participaram da pesquisa, aquelas que comiam chocolate com maior frequência, embora consumissem mais calorias em um dia, foram as que apresentaram, em média, um índice de massa corporal (IMC) menor. 

Essa relação aconteceu principalmente quando o indivíduo consumia chocolate amargo. Segundo os autores do estudo, pode ser que as calorias no chocolate sejam neutras — ou seja, que pequenas quantidades do alimento beneficiem o metabolismo, reduzam o acúmulo de gordura no corpo e, assim, compensem as calorias consumidas. 

Além disso, os pesquisadores acreditam que as propriedades antioxidantes do chocolate estejam por trás dos efeitos positivos demonstrados pelo trabalho.

Fonte: Veja Abril

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