Ministério da Saúde registra aumento de casos de HIV em 2016

O Ministério da Saúde registrou aumento no número de casos de HIV em 2016. Foram 37.884 casos no ano passado, contra 36.360 em 2015 — um aumento de 4%. A tendência, de acordo com as novas notificações enviadas à pasta, é de aumento desde 2014, quando foi registrada alta de 56,2% em relação a 2013.

Esse aumento, no entanto, pode ser explicado em parte porque, em 2014, o Ministério da Saúde tornou obrigatória a notificação de casos de HIV no país. Isso significa que todos os serviços de saúde devem informar todos os novos casos ao órgão; antes, esse dado era feito a partir de amostragem em estudos isolados.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (1º), Dia Mundial de Luta Contra Aids. Também nesta sexta o Ministério da Saúde anunciou que medicamentos para a prevenção do HIV passarão a ser oferecidos gradativamente no SUS, agora em dezembro.

Outra política adotada pelo Ministério da Saúde que pode explicar o aumento nas notificações é a implementação de testes rápidos de HIV. Entre 2016 e 2017, o número de testes disponíveis aumentou 49%. Além disso, o alvo da política de testes mudou, diz um infectologista.

"Antes, principalmente nos anos 1990, você tinha uma política voltada a grupos de maior vulnerabilidade. Era assim: 'se você passou por algum risco, faça o teste'; hoje, a ideia é que todos estão em risco", afirma Jamal Suleiman, infectologista do Hospital Emílio Ribas, referência no tratamento da doença em São Paulo.

 

Mortalidade tem queda e casos entre crianças aumentam

O número de casos de HIV aumentou ligeiramente entre crianças menores de 5 anos, após uma tendência de queda nos últimos dez anos.

Em 2015, de cada 100 mil crianças, 2,3 nasciam com HIV. Em 2016, o número aumentou um pouco e passou para 2,4. Entre 2006 e 2016, entretanto, foi registrada queda de 34,5%.

A taxa geral de mortalidade apresentou uma ligeira queda esse ano: de 5,3% em 2015, para 5,2% em 2016.

“Onde está o nosso problema? As pessoas testam, sabem que têm [HIV], e não vão se tratar", disse o ministro Ricardo Barros.

 

Fonte: G1 – Globo.com

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