Fez a atriz Lena Dunham se submeter a uma histerectomia – acontece quando o endométrio, tecido que reveste o útero, cresce para fora do órgão.
Como ocorre?
Os fragmentos vão parar no ovário, nas trompas e até em regiões vizinhas. Mesmo deslocado, o tecido excedente é estimulado a crescer e, na hora da menstruação, descama junto com o endométrio original.
A partir daí, surgem as cólicas intensas, o desconforto e, com o tempo, dificuldades para engravidar. Além disso, o risco de câncer de ovário é mais alto em mulheres com o problema.
É difícil estabelecer as causas da endometriose, mas, em parte, o distúrbio é provocado pela menstruação retrógrada, quadro em que pequenas porções de sangue voltam pelo canal vaginal e se alojam aonde não deveriam. Isso ocorre pelo estímulo constante do estrogênio, hormônio que faz o endométrio aumentar de tamanho e sangrar todos os meses.
Sinais e sintomas
Os sintomas mais comuns são dismenorreia, dispareunia e dor pélvica crônica não menstrual (acíclica).A dor pode variar desde leve a grave ou cólicas de dor aguda que ocorrem em ambos os lados da bacia, na área inferior das costas e área retal e até mesmo até as pernas.
A quantidade de dor que a mulher sente se correlaciona com a extensão ou estágio (1 a 4) da endometriose, porém há casos em que algumas mulheres têm pouca ou nenhuma dor, apesar de ter extensa endometriose ou endometriose com cicatrizes, enquanto que outras mulheres podem ter dor severa, apesar de terem apenas algumas pequenas áreas de endometriose.
Fatores de risco
A predisposição genética desempenha um papel na endometriose. Filhas ou irmãs de mulheres com endometriose estão em maior risco de desenvolver a endometriose; baixos níveis de progesterona podem ser genéticas e pode contribuir para um desequilíbrio hormonal. Há uma incidência de cerca seis vezes maior em mulheres com um parente de primeiro grau afetado.