O aumento do consumo do adoçante artificial, que surgiu entre as décadas de 1950 e 1960, têm levantado algumas questões sobre os possíveis riscos à saúde. Entre os malefícios relacionado à ingestão do produto estariam hipertensão e alterações nos níveis de glicose no sangue.
Mas descobriu-se recentemente que a saúde reprodutiva também seria prejudicada. Como mostrou uma pesquisa realizada pelo Fertility Medical Group, de São Paulo, a fim de avaliar a associação de risco prematuridade e a qualidade dos óvulos com o consumo de adoçantes.
Para isso, foram analisados mais de 5 mil e 500 óvulos, de 524 pacientes submetidas à fertilização in vitro. Os resultados confirmaram que a qualidade do óvulo é negativamente influenciada pela ingestão de refrigerantes, dietéticos ou com açúcares, e que o consumo de bebida dietética interferiu nas chances de formação saudável do embrião no útero – diminuindo em 10% a probabilidade de engravidar.
Já quando adoçantes artificiais foram adicionados ao café, notou-se efeito negativo não só na qualidade do óvulo, como também na dos embriões, na chance de sua implantação no útero e também na chance de gravidez. No entanto, nenhum efeito foi observado quando o café era consumido sem adição de açúcar ou adoçantes.
A pesquisa brasileira vem ao encontro de estudos anteriores, que já demonstraram o quanto o consumo de adoçantes artificiais pode interferir no metabolismo da glicose, levando a reações inflamatórias.
O que explicaria também os prejuízos à saúde reprodutiva. Para Edson Borges Jr., especialista em Reprodução Humana Assistida e diretor científico do FertilityMedical Group, tais descobertas reforçam o quanto mulheres que estão tentando engravidar, seja por vias naturais ou com a ajuda da medicina, deve avaliar seus hábitos alimentares.
Fonte: It Mãe Uol